Como fiz às pazes com as redes sociais

Como fiz às pazes com as redes sociais

Mas espera aí… vocês estavam brigando?

Olha, para falar a verdade, sim. Em 2016, eu cheguei a pensar em sair de todas as redes sociais porque, na minha opinião, elas eram mais prejudiciais do que benéficas. E não, eu nunca fui o que se chamaria de “garota popular do Instagram” ou que qualquer outra rede, também nunca sofri com o uso desses aplicativos e, para ser honesta, sempre tive experiências positivas com todas as mídias que eu me envolvi. Mas, de alguma forma, eu comecei a acreditar que o mundo das selfies utilizava muito do meu tempo, era superficial e estressante.

Na época, eu estava escrevendo meu trabalho de conclusão de curso e lendo muitos artigos sobre comunicação e sociologia. Um em particular chamou muito minha atenção. Ele foi escrito por um dos meus professores de faculdade, o professor Luiz Martino, O artigo se chama “A atualidade mediática: o conceito e suas dimensões”, no qual ele define o conceito de atualidade mediática. Basicamente, se trata de uma esfera de acontecimentos sociais em que nós apenas consideramos um evento como algo que de fato aconteceu se ele tiver sido transmitido pelos meios de comunicação. Por exemplo: se um terremoto atingir o Japão neste momento e nenhum jornal falar sobre o fato, ele provavelmente ficará conhecido apenas por aquela comunidade afetada. Quando o evento passar a ser divulgado, então ele entrará nesse universo da atualidade mediática.

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Então apliquei este conceito ao uso das redes socais e é possível que eu tenha falhado, mas achei que valia a pena compartilhar a análise. E se a gente posta o que a gente posta na urgência de provar que nós fizemos o que fizemos? E se tudo o que postamos é apenas uma tentativa de tornar nossas vidas umas sucessão de eventos realmente “legais”? A cada semana, dia e hora atualizamos nossas redes na esperança de que as pessoas se lembrem de nós, que se importem com nossas opiniões e gostos, que nós achem bonitos e considerem nossas existências como algo valoroso. Ou pior, e se nós apenas postamos coisas para provar que estamos, de fato, vivendo e que, portanto nossas existências são válidas, como se se não o fizéssemos não poderíamos ser considerados reais? Eu não podia aceitar ser enganada desse jeito, para citar Walt Whitman: “I exist as I am. That’s enough“.

Estava decidida. Criei um plano para sair de todas as redes que eu participava e que agora me parece bastante impraticável: quer dizer coletar o email de todo mundo e tentar manter o contato simplesmente não ia acontecer (sim, essa era a minha ideia). Em vez disso, eu aprendi a lidar com elas de maneira a atender minhas crenças e me sentir confortável (e que é passível de mudança a qualquer momento). Algumas pessoas tem isso completamente resolvido, outras nunca chegaram a pensar sobre a questão. Em qualquer dos casos, eu não pretendo tentar te converter à minha forma de pensar, é apenas uma perspectiva. Você ê livre para fazer o que quiser. Seja feliz!

Chega de conversinha… Isso foi o que eu aprendi até agora por experiência e por tentativa e erro:

  • Os seguidores e os likes, as postagens e as intenções:

Os seguidores, as curtidas, os compartilhamentos… Essas são as necessidades instantâneas da maioria delas. Instagram, Snapchat, Twitter, Facebook, Youtube… Com seus diferentes mecanismos, elas pretendem, no final das contas, nos encorajar a esperar essas reações. Eu não preciso falar sobre as consequências dessa dinâmica, para isso já existem vários artigos científicos e não científicos a respeito.

A ascensão dos influenciadores digitais, principalmente no Instagram, impactou profundamente essa  “necessidade”. O fato dessas pessoas terem sido antes “pessoas como nós” nos fez acreditar, não apenas que poderíamos viver como eles, mas que deveríamos. Eles se tornaram o padrão, o modelo a ser seguido. E todo o respeito aqueles que estão buscando construir uma imagem ou carreira com as redes sociais. Eu? Eu não estava. Então por que me importava com a quantidade de pessoas que eu não conhecia que estava curtido minhas fotos? Por isso resolvi tornar todas minhas redes sociais privadas e restritas apenas as pessoas que eu conhecia.

Também comecei a me questionar o porquê de eu postar o que eu postava. Toda vez. Tanto que virou um hábito. Claro, eu ainda “espero” a reação das pessoas dentro do meu círculo social, mas eu sei que menos pessoas significa menos reações e mesmo que eu recebesse poucas e ou nenhuma eu ficaria bem porque sabia o motivo que me fez publicar algo novo. Eu passei a entender minhas intenções ao compartilhar e expor qualquer evento da minha vida. Fosse uma ótima foto ou um filme interessante que eu assisti, se o motivo estiver claro para mim eu compartilho.

Por fim, comecei a observar mais atentamente quem eu seguia e me deixava ser influenciada, porque não se trata apenas do uso, mas também do consumo das redes sociais. Eu ainda acompanho algumas celebridades, que possuem mensagens positivas e um conteúdo fresco. Com o tempo que me sobrou busquei e busco fazer qualquer coisa que seja produtiva. 

E você, como utiliza as redes sociais? Já pensou sobre essas coisas?

Até a próxima,

Ana.

[Relançamento do texto de 10/07/2017]

Por que o Brasil não vai mudar tão cedo? (mais um texto apocalíptico)

Por que o Brasil não vai mudar tão cedo? (mais um texto apocalíptico)

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É simples: porque essa não é nossa prioridade. Não desenvolvemos a responsabilidade pela nossa nação. Cada um se sente obrigado com a sua própria educação, o seu negócio, o seu lucro. Nós nunca criamos o senso do público como pertencente a todos. Vivemos em estado de adoração aos países nos quais os cidadãos possuem um bem-estar elevado. A nós nos sobra lamentos, desacreditaçāo e autopiedade.

Não poderíamos estar em um cenário diferente. É cultural. O “jeitinho brasileiro” um vírus que nos infectou há muitos anos, exaltado por muitos estrangeiros e, para alguns brasileiros, motivo de orgulho. A cultura brasileira é muito calorosa; somos sorridentes, felizes e “supercool”. Mas em se tratando de cidadania, ainda somos ingênuos e imaturos.

A corrupção está enraizada em nós. Cada vez que um médico da rede pública cobra propina para atender seus pacientes, ou que requisitamos algum auxilio sem precisá-lo, ou até quando recebemos a mais de troco e não devolvemos a diferença. Parece extremo, não? Mas é verdade. Perpetuamos tais atitudes e já as consideramos insignificantes e corriqueiras.

As pessoas continuam com a mesma mentalidade de 1985, daqueles que pela primeira vez experimentavam a democracia. Nós, jovens, não temos menor interesse por politica, e mesmo quando queremos contestar essa afirmação clichê, nos encontramos sem muitos argumentos. Aqueles que saem da inércia, não ousam; ainda somos muito acomodados e desiludidos. Tudo nos soa falso, as propostas nos parecem irreais e utópicas, quando não cômicas; para nós, políticos são todos corruptos; e mesmo assim, são poucos os que põe a cara a tapa, talvez por medo de fazer parte da mesma corja, talvez falta de folego e de força vontade.

Hoje, percebo o quanto estamos desinteressados e preguiçosos. Levantamos a bandeira de um determinado meio de comunicação ou candidato sem avaliar seu histórico e seus projetos. Hoje, a cinco dias das eleições, foi a primeira vez que procurei saber um pouco mais sobre as propostas dos candidatos.

Como mudar o Brasil? A resposta também é simples: mudando essa mentalidade, mudando esse aspecto da nossa cultura, nos tornando mais presentes e responsáveis um pelo outro sem querer tirar proveito de todas as situações, e principalmente não aceitando o comportamento dos corruptos nem sendo influenciado por ele. Não esperando um salvador da pátria, pai/mãe de todos, mas sendo nós mesmo os agentes da mudança.

É com o tempo que os comportamentos mudam, já dizia o ditado: “old habits die hard”; mas gosto de acreditar que é possível, gosto de pensar que para nós, o ser humano é mais importante que dinheiro… Enfim, por mais pessimista que seja o texto, eu gosto de acreditar na humanidade, e reconheço que além dessas palavras, são necessárias mais ações. E por mais acomodada que eu esteja, não pretendo ser alheia ao mundo.

Minhas considerações podem estar equivocadas, banhadas a senso comum e serem reprodução de outros discursos, mas não deixa de ser uma maneira de me expressar. Não estou em posição de formar opiniões, muito menos de ditar tendências. Esse texto é apenas de uma reflexão que tive e desejei compartilhar. Peace.and.love.!

Sobre 2013, resoluções de ano novo e o meu adeus

Sobre 2013, resoluções de ano novo e o meu adeus

Decidi que não faria resoluções de ano novo; aquelas listas enormes com inúmeras promessas abstratas e sonhos impossíveis. Lembro-me de um ano que as fiz. Guardava o papel de caderno dobradinho dentro da carteira, era minha forma de não esquecer. HA. Só no mês de agosto do outro ano percebi a folha que mantinha num compartimento escondido, e confesso: dei boas gargalhadas com o que estava escrito.

Hoje, faço listas diárias, semanais no máximo. Ainda tenho muitos planos e sonhos, mas eles deixaram de ser “metas para o ano” e se tornaram apenas metas, sem prazo de validade. O bom disso é que consegui preservar meu coração e minha mente de expectativas frustradas. Mas, apesar das minhas tentativas, viver um dia de cada vez ainda é um desafio para mim.

É, Drummond… Eu devo concordar que o inventor do tempo fatiado foi um senhor inteligentíssimo. Quando criança, eu me perguntava o porquê dos anos terem 365 dias e não mais ou menos; hoje eu entendo…  A necessidade de renovar as esperanças. O conforto de saber que a vida nos dará uma terceira chance. Uma pena é ter de esperar 364 dias.

Se me perguntassem se o ano de 2013 foi bom eu não saberia responder. Não sei que escala as pessoas usam para medir esse tipo de coisa. Eu gosto de pensar que todos os anos são bons, que todos os dias são bons, ao menos no último dia do ano eles parecem ter sido. O importante é não se contentar, nunca.

Volta e meia, a música Epitáfio, do Titãs me vem à cabeça, um “wake-up call”. Será que eu me arrisquei esse ano? Será que eu compliquei demais? Eu amei o bastante? São preocupações justificáveis, mesmo que fundamentadas em um famigerado ideal de felicidade. Ainda sim, permaneço positiva, ansiosa por momentos inesquecíveis; a espera de dias melhores, sempre.

Tenho medo de despedidas, daí a minha necessidade de deixar registrado, de se fazer memória sobre um tempo que não foi vivido em vão. Bem, esse é meu adeus a 2013 que eu vivi bem. Tentei. E sobre 2014?  É VIVER. Mais e melhor.

http://www.youtube.com/watch?v=R1aiboJ4PT8

Quando começa é quando termina

Quando começa é quando termina

– O que há de bom a respeito disso é que não dói nada – disse ele – mas é por isso mesmo que se sabe quando começa.

Eu sabia o que era dor.  Sabia até demais. Stella havia sido minha primeira. Eu a conheci quando tinha meus dozes anos, garoto apenas, e já apaixonado. Ela, bem mais velha, nem percebia a minha presença, e eu, adorava aquilo. Aumentava seu charme. Completei dezoitos anos, e juntei coragem para me apresentar a ela em um casamento de um conhecido nosso.

– Oi Stella, meu nome é Sebastian. Acho que você já me viu por aí, se não… Bom… Eu já, e tenho que confessar: que visão maravilhosa!

Aquele vestido dourado que ela usava, com as costas nuas e lantejoulas nas mangas que faziam um barulhinho engraçado, era meu paraíso particular. Depois contei a ela todas as fantasias que tive.

– Oi Sebastian.

– Você vem sempre por aqui?

– Não. Primeira vez. E você, sempre usa essa cantada barata e manjada em mulheres que nunca ficarão com você? – disse isso e saiu.

– Nunca diga nunca. – Cochichei para mim.

Dali, fomos para um quarto no sétimo andar do hotel que estávamos. Luxuoso. Eu pedi champanhe para comemorar meu ganho na loteria, ela tirava os sapatos e explorava o local.

A noite fora a melhor noite de minha vida, meu pai havia me ensinado bem: “mulheres experiente sempre te proporcionarão os melhores prazeres”. Espreguicei, ainda sentindo a satisfação de uma noite bem dormida; olhei para o lado e lá estava ela, com a maquiagem borrada e o esboço de um sorriso no rosto. Quando ela acordou conversamos um pouco e decidi perguntar sua idade.

– Quarenta e quatro. – Ela falou me observando – Espantado?

– Não.

Minha mãe achava loucura, o que eu estava fazendo. E para não ouvir mais suas lamentações resolvi alugar um loft, no centro de Manhattan.  Mantinha-me com o dinheiro que meu pai depositava toda semana. Minha repentina independência incentivou Stella a me permitir em sua vida.

Víamo-nos todas as noites. Às vezes, nos encontrávamos para almoçar ou tomar um sorvete, aos domingos. Eu estava feliz, pela primeira vez me senti realizado, tinha tudo o que queria.

Uma segunda-feira qualquer, cheguei em casa e encontrei Stella vestida em uma camisola azul clara, transparente. Agora, minha favorita. Perguntei se era alguma data especial que eu havia esquecido. Ela respondeu que não. Segurou minhas duas mãos nas suas e me puxou para o sofá. Estava gostando daquilo.

Fizemos amor ali mesmo.

– Recebi uma proposta de emprego. – Ela falou olhando para a parede, de costas para mim, enquanto ainda estávamos deitados.

– Sério? Que ótima notícia!

– Na Indonésia. Os diretores me ligaram hoje, disseram que o documentário foi aprovado pela produtora. Partiremos na quarta-feira.

Levei Stella ao aeroporto e ela se despediu de mim com um beijo seco. Soltou minha mão e seguiu entusiasmada com sua equipe. Não olhou para trás uma vez sequer. Eu subi até o ultimo andar do aeroporto e esperei até que seu avião decolasse, com um nó na garganta.

Não sou de me apegar a ninguém, e o quanto mais rápido parasse de sentir aquela coisa estranha, que apertava meu peito, melhor. Liguei para minha mãe e falei que estava voltando para casa, nunca a ouvi tão alegre; gritou de felicidade e começou a planejar minha festa de boas-vindas. Eu apenas segurava o telefone no ouvido, sem fazer muitos comentários. Marcamos de nos encontrar na coffee shop da esquina do meu edifício e dali, partiríamos para as compras.

Enquanto minha mãe comprava, resolvi dar umas voltas e parei no Central Park. Gostava daquele lugar. Depois de uma breve caminhada decidi me sentar. Avistava apenas um casal, ao longe. As pedras que estavam próximas aos meus pés me serviram de passatempo. Jogava-as no lago e contava os segundos até todas as ondas sumirem. Eram feias aquelas pedrinhas, umas mais pontiagudas que outras, mas tive vontade de guardar algumas em meu bolso. Cansado, segui meu ultimo instinto. Meu único, na verdade. Sai daquele lugar e me dirigi a um armarinho.

– 20 cm de couro, por favor. Daquele mais duro.

Cheguei em casa e serrei o cabo da vassoura em um terço. Com um martelo finquei pregos até a metade do cabo e amarrei, com força, as tiras de couro que havia cortado. Peguei as pedrinhas que estavam em meu bolso – as mais pontudas – e fui colando, uma a uma, em cada tira. Sacudi meu instrumento para ver se nada cairia. Não.

Eram 3h da manha quando comecei. A primeira chicotada é um pouco assustadora, mas lança uma porção de adrenalina melhor que qualquer droga por aí. Depois, as doses vão diminuindo, e é preciso aumentar a força. Continuei, lançando o chicote em minhas costas e minhas pernas, mas meus braços se cansaram e eu resolvi parar um pouco. Acordei quando o sol já mostrava seus primeiros sinais de existência e me senti molhado. Era meu sangue. Estranhei ser possível o corpo humano abrigar tamanha quantidade de líquido e resolvi desafiar a natureza; saber até onde era possível chegar.

– É, doutor. O que há de bom a respeito disso? Não dói nada. Nadinha. É até bom. Às 3h da manhã, quando tudo começa, é ótimo. Aconselho, inclusive. Mas ao raiar do dia, quando não se sente mais o corpo, e todo seu sangue está espalhado pelo chão… Bem, é assim que se sabe quando termina.

[Resenha de filme] A Busca

[Resenha de filme] A Busca

 

Bom, pra começar sou completamente suspeita para falar sobre esse filme, já que sou fã de carteirinha do ator Wagner Moura. De fato, ele é um dos maiores – se não o maior – atores do cinema brasileiro atual. Neste filme Wagner encara o papel de Theo Gadelha, um pai de família, médico, recém-separado, que teve problemas de relacionamento com seu pai durante a infância e por isso decidiu que faria diferente com seu filho. Porém com um jeito incompreensivo e autoritário, ele acaba afastando o filho, Pedro Gadelha, ao invés de se aproximar dele.

Pedro mantém uma relação à distância com seu avô paterno; relação que é descoberta por seu pai, que não reage bem e repreende o menino. Somado o tal fato à separação de seus pais e à vontade de conhecer o avô levam Pedro, de apenas quinze anos de idade, a fugir de casa. Quando Theo e Branca descobrem o desaparecimento de seu filho, ficam desesperados e correm atrás dos vestígios deixados pelo menino antes da fuga. Então, Theo decide ir em busca de seu filho.

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O caminho dessa busca é bastante turbulento. Theo segue os passos do filho, conhece as pessoas que o ajudaram, conhece os lugares por onde ele passou e percebe que o filho cresceu, e que eles são distantes. A busca também foi importante para Theo; que pôde refletir melhor sobre a vida que ele leva na cidade grande; como o estresse e a correria atrapalham nas relações diárias que vão se desgastando com o tempo. Theo tem a oportunidade de apreciar boas vistas e conhecer pessoas bem diferentes de seu costume.

O reencontro de pais e filhos é emocionante. Theo percebe que não é preciso muito para estar perto de seu filho; ele se dar conta do potencial artístico do menino e o admira por isso. É possível prever que a relação dessa família mudará e eles serão mais unidos; mesmo que para isso tenha sido necessário a fuga e a busca de Pedro.

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O roteiro e a atuação são bem realistas. Cenário vivo, figurino certo, sem muitas excentricidades e a trilha sonora finalizada por Arnaldo Antunes é impecável. O elenco principal conta com, além de Wagner, Mariana Lima como Branca Gadelha, Brás Antunes como Pedro Gadelha e a participação especial de Lima Duarte como o pai de Theo. O longa é dirigido por Luciano Moura e tem uma pegada de filme independente.

É uma ótima opção de filme, principalmente considerando esse não é o enfoque do cinema brasileiro. Como disse Wagner Moura, filmes como esse podem ser a porta para a exploração de temas mais profundos, no cinema brasileiro.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=CX-hyid1ENQ]